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Indústria de alimentos contrata durante pandemia para manter operações

São Paulo, 26 de junho de 2020

De acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o setor foi responsável pela criação de oito mil vagas de empregos entre janeiro e abril deste ano – as contratações cresceram 0,5% em relação ao mesmo período de 2019. Por ser atividade essencial, a indústria de alimentos continuou a produzir durante a quarentena provocada pela pandemia de Covid-19.

Para manter a operação funcionando e, consequentemente, o abastecimento interno e as exportações, as empresas implementaram medidas de segurança e prevenção nas fábricas e o isolamento social de profissionais que estão no grupo de risco do novo coronavírus foi uma das medidas, resultando na criação de novas vagas.

As exportações de alimentos industrializados, segundo a ABIA, tiveram alta de 10% nas vendas em relação a abril de 2019, e em volume, de 13%. O aumento das exportações para o mercado asiático, em particular à China, foi o principal fator para esse resultado. Já as vendas reais, que são o total de vendas da indústria de alimentos e bebidas para os mercados interno e internacional, apresentaram queda de 4,5% em relação a abril de 2019. A produção física teve o mesmo comportamento de queda, com -4%.

A pandemia impactou o canal de Food Service (FS) – produtos alimentícios industrializados para o mercado de alimentação preparada fora do lar –, o que influenciou os resultados em vendas e em volume de produção da indústria de alimentos e bebidas. O canal de FS é amplo, formado por restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, setor hoteleiro, serviços de catering e vending machines, entre outros serviços. Em abril, a queda média das vendas deste canal ficou em aproximadamente 75% ante o mesmo mês de 2019.

Esse comportamento de queda nas vendas e na produção de todo o setor não necessariamente significa uma tendência para o ano. O volume de vendas dos supermercados e hipermercados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou alta de 5,8% em abril de 2020 ante o mesmo período de 2019.

Trata-se de um processo de ajuste na produção e no consumo de alimentos devido à pandemia de Covid-19. Quando o comércio estiver em plena atividade e todos os serviços voltarem a funcionar, deve haver uma recuperação. Todavia, ainda é cedo para definirmos um cenário com precisão devido às incertezas associadas ao novo coronavírus
João Dornellas

Solidariedade na pandemia

A indústria alimentícia do Brasil assumiu o compromisso de continuar trabalhando com segurança para abastecer o País e reforçou suas ações de responsabilidade social, apoiando a sociedade no enfrentamento à Covid-19.

De acordo com levantamento da ABIA, as indústrias de alimentos e bebidas doaram mais de 2.700 toneladas de alimentos, além de recursos financeiros para compras de equipamentos hospitalares, investimento em pesquisas e aquisição de testes rápidos de novo coronavírus.

O setor também doou cerca de 4 milhões de máscaras de proteção, além de produtos de limpeza e higiene. As doações foram distribuídas entre instituições beneficentes, hospitais e unidades de saúde, profissionais autônomos, associações de comunidades, lares de idosos, governos estaduais e prefeituras.

Desde março, a indústria de alimentos mantém e até aumentou o nível de empregos do setor, sem demissões, e ampliou consideravelmente seus programas de responsabilidade social. Neste momento, quando já estão sendo executados planos de retomada gradual das atividades econômicas, é importante que cada setor da economia brasileira faça a sua parte. Nós temos trabalhado para ajudar quem mais precisa a enfrentar essa crise com dignidade e esperança e não será diferente agora. O Brasil sabe que pode contar com a indústria de alimentos
João Dornellas